Lavanda para os nervos
Cientistas da universidade da Romênia demonstraram pela primeira vez que os óleos essenciais de lavanda (L. augustifolia) e lavandim (L. X intermedia), possuem capacidade neuroprotetora via inalação podendo ser úteis na prevenção e tratamento de demências com o Alzheimer[1].
O Alzheimer envolve danos neurológicos ocasionados pela ação de radicias livres nos neurônios com danos ao seu DNA. No estudo1, os cientistas administraram a ratos escopolamina por 7 dias contínuos visando desenvolver os sintomas de demência e amnésia presentes no Alzheimer. No mesmo período utilizou-se em grupos diferentes de ratos inalação com máscara com os óleos de lavanda e lavandim.
Observou-se nos neurônios de ratos que inalavam os óleos de lavanda e lavandim aumento da atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase, catalase e glutationa. O óleo de lavanda preveniu a morte dos neurônios, por uma potente ação antioxidante, inibindo também danos ao DNA e a morte celular.
Em pesquisa similar[2], os mesmos cientistas haviam demonstrado que exposições contínuas ao óleo de lavanda podem efetivamente reverter déficits na formação da memória espacial comum em doenças como o Alzheimer.
Na Alemanha recentemente foi lançado o medicamento (Lasea/Silexan) composto por cápsulas contendo 80 mg de óleo de lavanda para o tratamento da desordem da ansiedade generalizada[3]. Em estudos clínicos o óleo de lavanda mostrou ser uma alternativa tão eficiente quanto o medicamento Lorazepan (benzodiazepina)[4], ainda com a vantagem de não ter os efeitos colaterais deste. O óleo mostrou potencial tranquilizante via oral no tratamento da insônia, irritabilidade, depressão, desordens de pânico (fobias) e bipolaridade.
Texto extraído do original: Lavanda para os nervos. Laszlo – Jornal Informativo de Aromatologia. Página 4. 4° Edição, Ano III – Junho 2013. Edição de Colecionador.
[1] Hancianu M et al. Neuroprotective effects of innhaled lavender oil on scopolamine-induced dementia via anti-oxidaive activities in rats. Phytomedicine. 2013 Mar 15;20(5):446-52.
[2] Hritcu L et al. Effects of lavender oil inhalation on improving scopolamine-induced spatial memory impairment in laboratory rats. Phytomedicine. 2012 Apr 15;19(6):529-34.
[3] Kasper S et al. Silexan, an orally administered Lavandula oil prepraration, is effective in the treatment of ‘subsyndromal’ anxiety disorder: a randomized, double-blind, placebo controlled trial. Int Clin Psychopharmacol. 2010 Sep;25(5):277-87.
[4] Woelk H et al. A multi-center, double-blind, randomized study of the Lavender oil preparation Silexan in comparison to Lorazepam for generalized anxiety disorder. Phytomedicine. 2010 Feb;17(2):94-9.
Lavanda oficinalis e a fobia do tratamento odontológico
Lavanda oficinalis tem seu uso comprovado por pesquisadores da Inglaterra, para tratar a fobia do tratamento odontológico.
Um estudo realizado pelo King’s College London comprovou que o óleo essencial de Lavanda pode reduzir significantemente a ansiedade dos pacientes temerosos de dentista.
O profissional que lida com pacientes extremamente estressados e amedrontados certamente encontra grande dificuldade em tratá-los.
Isso significa que o paciente nem sempre recebe o melhor tratamento, tendo em conta esta dificuldade, assim como também prolonga o tempo entre as visitas ao dentista, por puro medo.
O uso da Lavanda irá garantir que as visitas ao dentista não sejam mais evitadas ou adiadas, por medo e ansiedade e assim, a saúde bucal do indivíduo que sofre de fobia de dentista será garantida.
Bastam apenas duas gotas de Lavanda num lenço de papel ou num algodão, para que o paciente possa inalar durante o tratamento e tudo ocorrerá na mais tranquila calma, tanto para quem está sendo tratado quanto para o profissional, que poderá realizar seu trabalho sem maiores preocupações em relação ao seu cliente.
Fonte: Healthy Magazine, River Publishing, Victory House,
14 Leicester Place, London, WC2H 7BZ,
Edição Janeiro-Fevereiro 2009
Extraído do Informativo Mona’s Flower 2009
Nota de esclarecimento: A ingestão dos óleos essenciais não é reconhecida no Brasil como fazendo parte dos medicamentos oficiais. O uso interno de alguns óleos essenciais, deve ser somente indicado por profissional autorizado e competente.